MP determina abertura de inquérito para apurar conduta de capitão que mandou prender soldado

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MP determina abertura de inquérito para apurar conduta de capitão que mandou prender soldado
O MPE (Ministério Público Estadual) já determinou a Corregedoria da Polícia Militar e a Polícia Civil de Bataguassu, respectivamente, a instauração de IPM (Inquérito Policial Militar) e Inquérito Policial para averiguar a conduta de um Capitão da PM que, em novembro do último ano, mandou prender um soldado durante uma reunião. O presidente da ACS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), Edmar Soares da Silva, se reuniu com o representante ministerial esta semana, em Bataguassu, que garantiu já ter requisitado ao delegado local a abertura de um inquérito. Já na Capital, Promotoria da Justiça Militar também solicitou a instauração de um IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar se houve abuso de autoridade por parte do oficial. “Vamos acompanhar de perto esse fato. O inquérito está em fase de registro junto ao Poder Judiciário. O promotor garantiu que pedirá celeridade aos procedimentos”, afirmou Edmar. O caso – Segundo o site TL Notícias, que divulgou o áudio da reunião, o fato aconteceu durante uma reunião que discutia uma denúncia feita por uma moradora da cidade, em que questionava o não atendimento da PM a seu filho, um dependente de álcool que teria que ser levado para uma clínica para tratamento. Após uma ‘bronca’ na tropa, registrada em áudio, o oficial deu voz de prisão ao soldado. O fato gerou a ira nos praças da unidade, que relataram uma série de abusos por parte do comandante, ainda conforme o TL Notícias. “Grande parte da tropa está insatisfeita e temerosa com este comando, que quer ser radical demais. Estamos com medo de trabalhar nas ruas e estamos temendo por nossa própria segurança aqui dentro do nosso ambiente de trabalho. Ninguém pode falar nada dele”, narrou um PM, que pediu anonimato. Ações – A ACS se posicionou de maneira contrária à atitude do Capitão e, na imprensa, Edmar criticou a postura do oficial. Como resposta, ele ingressou com ações nas áreas cível e criminal contra a ACS e seu presidente. O capitão ainda pede uma indenização de R$ 15 mil por danos morais. Em uma das queixas, o então comandante alega que “teve sua honra denegrida” e classificou como “criminosa” a divulgação do áudio da reunião, que repercutiu em todo o Estado. Em sua petição, ele citou reportagens da TV Morena e do site Ronda, em que Edmar repudiou o fato. “Somente pelo áudio podemos constatar o despreparo e desequilíbrio desse comandante no trato com a tropa [...]. Vamos pedir apuração rigorosa e imparcial para avaliar se houve a prática dos crimes de ameaça, constrangimento ilegal, injúria e, principalmente, abuso de autoridade”, disse, à época.

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