“Máquina” que mãe parcelou em 18x para filho se formar vira homenagem
Aos 13 conheceu a costura e foram as quase 15 horas de trabalho por dia que garantiram a educação dos filhos.

Quem chega ao consultório médico do cirurgião vascular Marco Aurélio Feltrin Bispo, de 42 anos, no Bairro Chácara Cachoeira, se depara com uma homenagem de encher os olhos. Ele resolveu usar o pé da primeira máquina de costura que a mãe comprou para homenageá-la. A história de vida da mãe, de luta, resistência e batalha para os filhos se formarem, sempre inspirou o especialista.
A costureira Lucines Feltrin Bispo, hoje com 66 anos, começou a trabalhar ainda na adolescência. Aos 13 conheceu a costura e foram as quase 15 horas de trabalho por dia que garantiram a educação dos filhos.
Marco conta que não consegue esquecer a força da mãe, que nunca desistiu mesmo em dias difíceis. “Éramos de uma família humilde e ela enfrentou todas as dificuldades de cabeça erguida. Nem após a perda do nosso pai ela se entregou”, lembra o filho.
Durante anos, a doutrina dos irmãos que nasceram em Itumbiara (Goiás) era correr em volta da máquina de costura enquanto Lucines trabalhava. Durante o dia, ela dava conta da costura, das refeições, dos afazeres domésticos e de um tempinho com os filhos.
Quando Marco ingressou nos últimos anos de colégio, antes de prestar o vestibular, foi a máquina de costura que garantiu a ele um presente de Natal especial. “Eu estudava em um colégio público, mas sentia que teria dificuldades para passar em uma faculdade. Então fiz uma prova de bolsa para conseguir desconto em um cursinho particular, mesmo assim não teria como pagar a mensalidade. Foi quando minha mãe me deu de presente a matrícula”.
Naquele ano Marco prestou vestibular para Medicina e não conseguiu. “Consegue passar em Farmácia”, lembra. A mãe então o chamou e disse que batalharia mais um ano na costura para ele passar em Medicina. “No ano seguinte eu passei e foi a maior felicidade dela”.
A escolha pela profissão foi pela facilidade que a família tinha pela área de biológica. “E não me arrependo, sou apaixonada pela minha profissão”.
Médico há 15 anos, quando abriu as portas do consultório em Campo Grande, não pensou duas vezes em homenagear a mãe. “Sou muito grato à ela. Sem ela os filhos talvez não teriam se formado. Ela fez de tudo pelo o nosso futuro. E eu sinto uma necessidade de fazer esse agradecimento sem vida”.
Quando a mãe aposentou a máquina de costura antiga, o filho fez questão de guardar o pé de ferro. “Foi quando eu decidi que o colocaria aqui no consultório, para que todos soubessem a garra dela e o quanto nós temos muito orgulho de sua profissão”.
Lucines não mora em Campo Grande, mas encontra com os filhos mensalmente. “Quando ela viu pela primeira vez se emocionou, assim como eu. Nós somos uma família que se emociona fácil”, finaliza o filho.
Fonte: Informações do site Campo Grande News

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