A empresa Moura Produções e Eventos se manifestou oficialmente após ter sua sede alvo de mandados de busca e apreensão durante a Operação Backstage, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na última quarta-feira (16).

Em nota pública, a empresa negou qualquer envolvimento em irregularidades e ressaltou que atua há mais de 23 anos no ramo de eventos, sempre com “altíssima qualidade e zelo”.

Segundo a Moura Produções, nenhuma irregularidade foi encontrada durante a ação, que recolheu apenas documentos, contratos e equipamentos eletrônicos.

A empresa também destacou que “jamais foi beneficiada ou favorecida em qualquer procedimento licitatório” e que as denúncias teriam caráter político-partidário, tentando manchar a reputação da empresa construída com trabalho e dedicação.

Investigação

A Operação Backstage investiga possíveis irregularidades em contratos públicos firmados entre 2022 e 2024, período que compreende a gestão do ex-prefeito Ângelo Guerreiro. Ao todo, 10 mandados foram cumpridos — 8 em Três Lagoas e 2 em Dourados.

Entre os alvos, estão as secretarias de Juventude, Esporte e Lazer, e de Administração, além de empresas do setor de eventos. Os contratos investigados envolvem a locação de estruturas e equipamentos utilizados em festas e eventos públicos.

Conforme o Ministério Público, há indícios de crimes como peculato, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, além de fraudes licitatórias.

O nome da operação, "Backstage" (bastidores), faz referência às possíveis irregularidades cometidas longe da vista do público, nos bastidores da organização de eventos.

Nota oficial

Em sua defesa, a Moura Produções reforçou que atua de forma legal e afirmou que já solicitou acesso aos autos do processo para apresentar documentação que comprova a lisura e regularidade dos contratos firmados.

"É lamentável que denúncias de caráter nitidamente político-partidário busquem manchar a história de trabalho e sucesso da empresa, que começou pequena e hoje é uma das maiores empresas para locações de eventos da região", afirmou a nota assinada pelo advogado Tiago Martinho.

A empresa diz que permanece à disposição das autoridades e colabora com todas as etapas da investigação. Novos desdobramentos da operação podem ocorrer nos próximos dias.

Os proprietários, através de seu advogado, já pediram acesso aos autos dos procedimentos, e se manifestarão comprovando a lisura e regularidade no cumprimento de seus contratos."
 

Fonte: Da Redação / Foto:Gaeco