Após manifestação contrária de universidades, MEC desiste de retorno das aulas em janeiro
Após a decisão, ministério afirmou que irá abrir consulta pública para ouvir o mundo acadêmico

O Ministério da Educação recuou e decidiu revogar a portaria em que determina o retorno das aulas presenciais das universidades a partir de janeiro, depois de uma série de repercussões negativas. A informação foi repassada pelo ministro da pasta, Milton Ribeiro, em entrevista à CNN Brasil.
Com a mudança de ideia, Ribeiro afirmou que irá abrir uma consulta pública para ouvir o mundo acadêmico antes de tomar nova decisão.
O ministério foi criticado por universidades que se recusaram a voltar às aulas porque não consideram que este seja o melhor momento. "Quero abrir uma consulta pública para ouvir o mundo acadêmico. As escolas não estavam preparadas, faltava planejamento", afirmou o ministro à coluna.
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Na contramão de novas medidas de restrição que vem sendo adotadas nos Estados, o ministério havia decidido liberar a volta de estudantes universitários para dentro das salas de aula.
Perguntado sobre o que levou o ministério a editar a portaria, o ministro afirmou que consultou mantenedores de universidades antes e que não esperava tanta resistência. "A sociedade está preocupada, quero ser sensível ao sentimento da população", disse.
Ainda conforme Milton Ribeiro, agora o ministério vai liberar o retorno às aulas somente quando as instituições também estiverem confiantes de que as aulas podem ocorrer em segurança.
Entre as instituições que recusaram a ideia de retorno presencial das aulas está a Universidade de Brasília, uma das principais do país. Em nota, a UnB criticou o fato da flexibilização da regra ocorrer "em um momento de aumento das taxas de contaminação pelo coronavírus em diversos estados e no Distrito Federal".
A Universidade também ressaltou que a pandemia "ainda não deu sinais de arrefecimento – pelo contrário".
Fonte: Correio do Estado
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